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Jovem perde visão central após fazer estrelinhas na praia; entenda por que | Brazil News Informa

Jovem perde visão central após fazer estrelinhas na praia; entenda por que | Brazil News Informa



O que era para ser uma brincadeira entre amigos acabou se tornando um drama de meses para Deborah Cobb, de Seattle (EUA). Aos 19 anos, ela perdeu a visão central depois de fazer estrelinhas na praia.

O que aconteceu
Decidi ver quantas estrelinhas eu conseguiria fazer seguidas, só por diversão. Comecei a fazer e cheguei a 13, até cair muito tonta. Meus olhos estavam girando, então demorou um pouco para perceber que eles não estavam focando

No início, ela riu da situação, mas logo notou que algo estava errado. "Meus olhos não focavam totalmente. Não havia dor e minha visão periférica estava normal, mas tudo o que eu olhava diretamente estava bloqueado por uma mancha laranja", revelou.

Aflita com a situação, contou à mãe, que acabou minimizando o problema. Entretanto, no dia seguinte, sem melhora, o padrasto acionou um amigo da família, oftalmologista, que recomendou ajuda médica imediata.

No hospital, os médicos suspeitaram que ela havia "basicamente queimado" a retina pelo sol. O tratamento inicial foi repouso e evitar luz intensa.

Hemorragia

Sem melhora, um novo especialista descobriu algo mais grave: hemorragia nas máculas dos dois olhos. "Eu tinha sangrado em ambas as máculas e levaria de três a seis meses para cicatrizar completamente", disse. Segundo o oftalmologista Rajesh C. Rao, também à Newsweek, "a retina é uma fina camada de tecido, como um papel de parede, que reveste o fundo do olho e capta a luz".

A hemorragia macular é o sangramento dentro da parte central da retina ou abaixo dela. Quando isso acontece, a capacidade de enxergar detalhes pode ser reduzida ou perdida

Rotina de Deborah foi drasticamente afetada. "Minha visão central havia sumido completamente. Eu não podia dirigir, ler, me ver no espelho, o que significava que não podia me maquiar, nem assistir TV", contou.

O choque veio dias depois. "Comecei a chorar. Foi a primeira vez que percebi totalmente o quanto eu estava limitada e dependente dos outros para coisas simples, como ler, algo que eu sempre considerei natural."

Problema é considerado raro em jovens

Casos como o de Deborah são raros. "Em pessoas saudáveis, especialmente jovens, esse tipo de ocorrência é bastante raro", explicou Rao. Ele aponta que manter a cabeça para baixo de forma abrupta ou repetida pode aumentar a pressão nas veias da retina e que pessoas predispostas podem sofrer hemorragia macular.

Após três meses, a visão voltou. Hoje, aos 42 anos, ela ainda convive com flashes de luz e manchas flutuantes causadas pelo descolamento do gel vítreo. "A única opção é cirurgia, mas ela quase sempre causa catarata, o que significaria outra operação. Então, estou bem em viver com isso", disse.

Ela afirmou também ter mudado sua forma de ver a vida depois do trauma. "Me deu muita empatia por pessoas que lidam com deficiências de longo prazo. A minha durou pouco, mas me deu uma nova perspectiva de viver totalmente dependente de outras pessoas", escreveu Deborah, no Instagram.

Fonte:  UOL


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