Cidade de SP mantém lei que proíbe melancia há mais de 100 anos | Brazil News Informa

Em Rio Claro, São Paulo, uma legislação curiosa trouxe notoriedade à cidade. Datada de 30 de novembro de 1894, a comercialização de melancia foi oficialmente proibida.
Na época, a fruta foi equivocadamente associada à transmissão de doenças, como a febre amarela, que assolava a região. Os responsáveis pela aprovação foram os líderes municipais que, pressionados pela propagação do surto, buscaram maneiras de proteger a população.
No final do século XIX, a febre amarela gerava inquietação em diversas cidades de São Paulo. Na tentativa de mitigar a transmissão, foi proposta a proibição da melancia.
A crença na época era que a fruta poderia ser um vetor de transmissão. A ideia veio a ser desmentida posteriormente quando se descobriu que a febre amarela é transmitida pelo mosquito Aedes aegypti.
Embora a lei ainda tecnicamente não tenha sido revogada, ela perdeu a relevância prática. Hoje, moradores e visitantes consomem melancia livremente, e a cidade mantém uma relação amigável com o fruto.
Leis peculiares pelo Brasil
A proibição da melancia não é a única legislação peculiar no país. Existem outros exemplos de normas inusitadas que ainda constam nos legislativos de algumas cidades, embora não tenham mais aplicação.
Algumas proíbem hipnose, enquanto outras restringem a quantidade de animais que alguém pode ter em casa. Além disso, há leis curiosas que obrigam estabelecimentos comerciais a disponibilizarem itens inusitados, como fio dental.
Essas leis refletem um período em que decisões eram tomadas com base em informações limitadas. Elas são testemunhos das preocupações e crenças dos legisladores da época.
Atualmente, a melancia faz parte da dieta comum em Rio Claro, com fácil acesso em feiras e mercados.
Fonte: Catraca Livre
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