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NASA alerta que cidades brasileiras serão engolidas pelo mar | Brazil News Informa

NASA alerta que cidades brasileiras serão engolidas pelo mar | Brazil News Informa

Um novo estudo divulgado pela NASA acendeu um sinal de alerta para diversas cidades brasileiras. A análise aponta que o aumento do nível do mar nas últimas décadas, impulsionado pelas mudanças climáticas, está ocorrendo em um ritmo acelerado e ameaça submergir áreas costeiras em todas as regiões do país e do mundo.

Segundo os dados, houve um aumento de 9,4 cm no nível dos oceanos entre 1993 e 2023, com uma média anual de 0,3 cm. Notavelmente, na última década, essa média subiu para 0,42 cm por ano.

Nesse estudo conduzido pelo Climate Central, uma organização sem fins lucrativos dos Estados Unidos, baseado em dados fornecidos pela NASA e outras pesquisas climáticas, revelou que se as emissões de gases de efeito estufa continuarem no ritmo atual, levando a um aquecimento global de 3°C, aproximadamente 50 grandes cidades ao redor do mundo terão suas áreas inundadas devido ao aumento do nível do mar.

Dados Alarmantes

Os cientistas utilizaram satélites e modelos climáticos avançados para monitorar o aumento do nível do mar e prever suas consequências. Os dados revelam que, se as tendências atuais de emissão de gases de efeito estufa continuarem, o nível do mar pode subir até um metro até o final do século. Esse aumento seria suficiente para transformar áreas atualmente habitadas em zonas inabitáveis.

Consequências do aumento do nível do mar, segundo o relatório

Os pesquisadores da Climate Central analisaram onde as populações estarão mais vulneráveis nos próximos anos e sob diferentes cenários de aquecimento, e os resultados foram alarmantes. A poluição atmosférica e o derretimento das geleiras da Groenlândia e da Antártica foram apontados como os principais fatores que contribuem para a elevação do nível dos oceanos.

A linha da maré alta poderá ultrapassar as terras ocupadas por cerca de 10% da população global atual, ou seja, mais de 800 milhões de pessoas no mundo, após um aquecimento de 3°C. E nesse cenário, muitas nações insulares pequenas estão ameaçadas de perda quase total de território.

“As atuais taxas de aceleração significam que estamos no caminho para adicionar mais 20 centímetros ao nível médio global do mar até 2050, (…) aumentando a frequência e os impactos das inundações em todo o mundo”, de acordo com Nadya Vinogradova Shiffer, diretora de pesquisas da NASA.

Sob o cenário de aquecimento de 3°C, a China, a Índia, o Vietnã e a Indonésia são os quatro principais países que correm maior risco de sofrer com o aumento do nível do mar em longo prazo. E também várias ilhas, como as Ilhas Cocos, as Maldivas, Ilhas Cayman e Bahamas, terão mais de 90% das suas populações embaixo d’água.

E mesmo que, hoje, as emissões de carbono fossem reduzidas até ao limite proposto pelo Acordo Climático de Paris, e o aquecimento fosse mantido a 1,5°C, ainda assim haveria um aumento médio global no nível do mar de 2,9 metros ao longo do século.

O Brasil está entre os países que serão impactados. O estudo indica que algumas áreas costeiras das regiões Sul, Sudeste, Norte e Nordeste do país estão sob maior risco e emitiram um alerta. Os pesquisadores do Climate Central avaliaram quais populações estarão mais vulneráveis nos próximos anos em diferentes cenários de aquecimento global, e os resultados são alarmantes.

Impacto Devastador nas Cidades Costeiras


A pesquisa detalha que cidades icônicas como Rio de Janeiro, Recife, Salvador e Florianópolis estão entre as mais vulneráveis. Essas áreas, que abrigam milhões de pessoas e são centros econômicos e turísticos vitais, podem enfrentar inundações severas e frequentes nas próximas décadas. A combinação de elevação do nível do mar, erosão costeira e eventos climáticos extremos representa uma ameaça significativa para a infraestrutura, a economia e a vida cotidiana nessas localidades.

Várias cidades da costa brasileira podem ficar parcialmente submersas até 2100, segundo a pesquisa. Elas fazem parte de seis estados, sendo:
  • Rio de Janeiro: várias cidades costeiras do estado poderão ser afetadas. Regiões como a Ilha do Governador, Duque de Caxias e Campos Elísios correm riscos de ficarem submersas. E além da capital, outras cidades também serão atingidas, como Campos dos Goytacazes e Cabo Frio.
  • Pernambuco: Recife, uma das cidades mais baixas do país, pode enfrentar desafios enormes com a elevação do mar, afetando bairros inteiros e áreas turísticas.
  • Pará: estado da Região Norte do país, é um dos locais que será mais afetado pelo avanço do mar, segundo a pesquisa. A maior parte da extensão da ilha de Marajó deverá ficar submersa, além de partes das cidades de Belém e Bragança.
  • Amapá: a água do mar deve encobrir, até o final deste século, a Reserva Biológica do Lago Piratuba e a Ilha de Maracá, além da cidade de Oiapoque, na fronteira com a Guiana Francesa, e algumas partes da capital Macapá (que são banhadas pelo Rio Amazonas).
  • Maranhão: parte da costa de São Luís e as ilhas de Santana e Carrapatal devem ficar completamente submersas em 2100. O famoso Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses deverá ficar parcialmente encoberto pelas águas.
  • Rio Grande do Sul: No Sul do país, cidades importantes como a capital Porto Alegre, Rio Grande, Pelotas e Canoas poderão ficar submersas nas próximas décadas, assim como as ilhas de Torotama e Machadinho.
  • Santa Catarina: Florianópolis e Camboriú, entre outras, conhecida por suas belas praias, pode ver partes significativas de sua costa submersas.

Consequências Socioeconômicas

As implicações desse cenário são vastas. Além do impacto direto nas residências e na infraestrutura, há preocupações sobre a economia local. Setores como turismo, pesca e agricultura podem ser severamente afetados, levando a perdas de empregos e migrações forçadas. A saúde pública também está em risco, com o aumento da incidência de doenças transmitidas pela água e o estresse psicológico associado aos desastres naturais.

Medidas Urgentes

Diante dessa ameaça iminente, a NASA e outros especialistas enfatizam a necessidade de ações imediatas. Governos locais e federais precisam investir em infraestruturas resilientes, políticas de adaptação e mitigação das mudanças climáticas, e em programas de educação para preparar a população para os desafios futuros. Medidas como a construção de barreiras contra inundações, a recuperação de manguezais e a restrição ao desenvolvimento urbano em áreas de risco são cruciais.

O estudo da NASA é um chamado urgente à ação para o Brasil e o mundo. A luta contra as mudanças climáticas requer uma abordagem global e colaborativa, com esforços concentrados para reduzir as emissões de gases de efeito estufa e proteger as populações mais vulneráveis. O futuro das cidades costeiras brasileiras depende das decisões tomadas hoje.

A divulgação deste estudo pela NASA coloca um foco necessário sobre os desafios que o Brasil enfrenta em relação ao aumento do nível do mar. Compreender a gravidade da situação e agir prontamente pode fazer a diferença entre um futuro sustentável e uma crise humanitária de grandes proporções. O momento de agir é agora, e todos – governos, empresas e cidadãos – têm um papel crucial a desempenhar nesta luta pela preservação do nosso planeta e das nossas cidades.

Fonte: Saiba Mais 


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