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Redução da carga de trabalho para 4 dias já está sendo discutida pelo governo: isso é mesmo possível de acontecer no Brasil? | Brazil News Informa

Redução da carga de trabalho para 4 dias já está sendo discutida pelo governo: isso é mesmo possível de acontecer no Brasil? | Brazil News Informa

Redução da carga de trabalho é um dos maiores desejos dos brasileiros! Afinal, ninguém quer perder a oportunidade de trabalhar apenas 4 dias por semana – em vez dos 5 dias tradicionais – não é mesmo? O que muita gente não sabe é que, em breve, muitas pessoas terão a possibilidade de garantir uma folga extra por semana, graças à redução da carga de trabalho. Nesse sentido, surge a dúvida: em termos práticos, como vai funcionar essa diminuição?

De antemão, podemos dizer que, atualmente, o Governo Federal já estuda a possibilidade de estender a redução da carga de trabalho para pessoas de todo o país. A notícia, é claro, gera grande repercussão nas redes sociais, enchendo os trabalhadores de dúvidas sobre sua implementação prática. Com isso em mente, confira abaixo tudo que você precisa saber sobre a redução da carga de trabalho no Brasil!

Semana de 4 dias de trabalho já é testada em todo o mundo!

Desde já, é importante esclarecer que a redução da carga semanal de trabalho, marcada por uma semana útil de apenas 4 dias (em vez de 5) não é alvo de debates apenas no Brasil, mas também em todo o mundo.

Na verdade, empresas de diversos países já começam a testar esse modelo para concluir se os trabalhadores podem manter o mesmo nível de produtividade trabalhando um dia a menos.

A maior parte dos testes é realizada em parceria com a 4 Day Week Global, um projeto da empresa Reconnect Happiness. A iniciativa é adotada, por exemplo, nos Estados Unidos, no Reino Unido, e em vários países da União Europeia (como Portugal e Bélgica).

Das 61 empresas britânicas que adotaram a nova modalidade de trabalho, por exemplo, 92% decidiram permanecer com o modelo após a realização do teste.

Um estudo realizado pela iniciativa 4 Day Week indica também que, entre os mais de 3 mil trabalhadores que passaram a trabalhar 4 dias por semana, 71% apresentaram uma considerável diminuição nos casos de burnout – uma síndrome que acontece quando os funcionários se sentem esgotados e desmotivados.

Governo Federal defende a redução da carga de trabalho

Como citamos anteriormente, o Governo Federal já estuda a redução da carga semanal de trabalho em todas as regiões do Brasil – o que é uma ótima notícia para os trabalhadores nacionais!

No início do mês, em um papo com a imprensa, o Ministro do Trabalho e Emprego falou sobre o assunto, manifestando-se a favor da medida, e revelando como a economia brasileira poderá lidar com o novo modelo.

“O debate da redução da jornada é importantíssimo. Não é um debate de governo, é um debate para a sociedade e quem dá a palavra final é o parlamento. Eu acredito que passou da hora”, opinou Luiz Marinho.

Ou seja: para gerar efeitos práticos para os trabalhadores brasileiros, a redução da carga de trabalho não deve apenas ser proposta pelo Governo, mas também aceita pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal.

Na perspectiva de Marinho, o debate sobre a redução da jornada de trabalho se faz ainda mais importante devido ao desenvolvimento de tecnologias que, em via de regra, deveriam deixar mais prática a vida dos trabalhadores.

“Há debates acontecendo, de experimentos em relação a se pensar em três dias na semana, ou quatro dias na semana, se tem experiências acontecendo em relação a esse debate. Se tem um debate sobre as tecnologias, a inteligência artificial, plataformas que temos, é necessário que se pense a jornada”, diz o especialista.

Ainda segundo o ministro, o fato do desenvolvimento de novas tecnologias, como a Inteligência Artificial, não trazer qualquer tipo de benefício para a força produtiva não deveria fazer sentido na realidade atual.

“Aliás, quando falamos em tecnologia, pensamos que ela viria em benefício da sociedade, se trabalhar menos e o conhecimento ser redistribuído. Mas observamos que ela (a tecnologia) é apropriada para o bolso e para aumentar a exploração, é contraditório”, concluiu Luiz Marinho.

Como funciona a redução da carga de trabalho?

Agora que você já entende a perspectiva do Governo sobre a redução da carga diária de trabalho, é hora de conferir, em termos práticos, como deve funcionar o novo modelo.

As informações atualizadas vêm de influencers especializados que fazem muito sucesso nas redes sociais, particularmente no TikTok.

Segundo estes influencers, na prática, com a redução da carga de trabalho, os brasileiros poderão escolher entre dois modelos. Veja abaixo:
  • Primeiro modelo: Funcionários continuam com 100% das remuneração tradicional, mas aumentam a carga diária de trabalho em 2 horas. Em outras palavras, em vez de trabalhar 8 horas por dia em 5 dias da semana, os funcionários trabalham 10 horas por dia em apenas 4 dias;
  • Segundo modelo: Os funcionários podem continuar com 100% da remuneração tradicional e trabalhar por apenas 8 horas por dia. O quinto dia de trabalho, nesse sentido, é “cortado”. Mas, para isso, os trabalhadores devem conseguir desempenhar TODAS as atividades relacionadas ao trabalho dos 5 dias em apenas 4.

Redução da carga de trabalho já está confirmada?

Infelizmente, a resposta é não! Em todo o Brasil, algumas empresas (particularmente de pequeno e médio porte) já testam a redução da carga de trabalho, mas estes testes são individuais.

Em termos mais práticos, os testes valem apenas para os funcionários das empresas em questão, sem gerar qualquer tipo de efeito para os outros trabalhadores brasileiros.

Para ser adotada em um panorama nacional, como citamos anteriormente, a semana de 4 dias de trabalho deve ser discutida, votada e aceita na Câmara dos Deputados e no Senado Federal – além de garantir a sanção do presidente Lula.

Felizmente, de acordo com o ministro Luiz Marinho, Lula não deve se manifestar contra a possibilidade. Pelo contrário: o presidente tem tudo para se posicionar a favor da redução da carga de trabalho.

“Não conversei com o presidente Lula, estou falando a minha opinião, não é do governo. Mas tenho certeza que ele não bloquearia o debate onde a sociedade reivindicasse que o parlamento analisasse essa proposta. A economia brasileira suportaria”, completou o ministro.

Fonte: Pronatec


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