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Exclusivo: Mercado Livre anuncia 5700 vagas no Brasil, maior contratação de sua história | Brazil News Informa

Exclusivo: Mercado Livre anuncia 5700 vagas no Brasil, maior contratação de sua história | Brazil News Informa

Layoffs, cortes ou demissões. Seja qual for o termo, a redução no quadro de funcionários virou notícia comum entre grandes empresas de tecnologia e varejo no começo de 2023 em todo o mundo.

Na contramão desse movimento, a plataforma de marketplace Mercado Livre (MELI) escolheu seguir por uma estratégia de longo prazo e contratar. Em cerca de uma década, o negócio terá passado de pouco mais de 570 funcionários em 2012 para mais de 21 mil.

Em 2023, a empresa de origem argentina vai abrir 37% mais vagas. Serão 5700 postos de trabalho no Brasil, seu maior mercado (respondeu por 54% da receita de 2022). Essa é a maior contratação em números absolutos da história da empresa.

"É, sim, um momento desafiador [para o varejo], de custos altos impactos por inflação e por juros e com incerteza de demanda. Mas é uma decisão de seguir investindo em longo prazo, não é pensando no fechamento de trimestre", argumenta Fernando

Yunes, CEO do Mercado Livre no Brasil, em entrevista exclusiva para a EXAME Invest.

Dentre as operações na América Latina, o Brasil é o país com o maior número de colaboradores atualmente: ao final de 2022, o Mercado Livre reunia mais de 15.600 colaboradores no país, mas, com as contratações já em curso, o quadro atual supera a marca de 18.100.

As contratações são especialmente para as áreas de tecnologia e produto, que devem absorver a maioria das vagas, que contemplam diversas posições e localidades. Mas também há postos para a área logística e o Mercado Pago, banco digital do grupo.

"Tecnologia e produto acabam cruzando todos os negócios, em que os progradores criam e melhoram as soluções de tudo que a gente faz."

As vagas também vão seguir os critérios da companhia para ampliar a diversidade entre seus colaboradores. Hoje, 49% dos funcionáios são mulheres. Elas estão em 39% dos cargos de liderança e representam 37% dos cargos de alta liderança. Pessoas pretas e pardas são 45% dos funcionários, mas ainda representam só 20% dos cargos de liderança e 10% dos de alta liderança.

O aumento de quadros é parte do investimento de R$ 19 bilhões anunciado pela empresa para o país neste ano. O grupo não detalha, no entanto, qual o percentual desse aporte vai para o aumento dos quadros. Uma fatia vai para a operação logística e vai permitir aumentar o número de cidades com entregas rápidas, no mesmo dia e no dia seguinte. Outra parte dos recursos deve ajudar a impulsionar o número de usuários pessoas físicas no Mercado Pago.

"Queremos seguir criando diferenciais competitivos. A gente quer continuar crescendo e melhorando um pouco a margem. Não queremos dar saltos de margem, queremos serguir crescendo numa velocidade saudável", diz Yunes.

Hoje, segundo dados das consultorias que pesquisam mercado, como Nielsen e Kantar, a penetração do ecommerce brasileiro não supera os 15%, bem abaixo dos patamares de mercados mais desenvolvidos, como o britânico, de 30%, e o chinês, de 40%.

"Dependendo da consultoria, nossa participação de mercado no on-line vai de 33% a 36%. Isso é mais do que a soma do segundo e do terceiro players. Queremos serguir na preferência dos brasileiros na compra de produtos e em finanças a mesma coisa. Os mercados vão crescer e queremos continuar ganhar participação", afirma.

Sem crise no Mercado Livre

O anúncio casa com o bom momento da companhia. No Brasil, a receita do quarto trimestre cresceu 28% em moeda local, com avanço de 36% no varejo e 93% nas operações da fintech Mercado Pago. A receita de toda operação brasileira tinha saltado 61% no último trimestre de 2021. No consolidado de 2022, a receita no país somou US$ 5,6 bilhões.

Os investidores, agora, aguardam os números do primeiro trimestre, que, segundo dados de mercado, foi um período difícil para o setor de varejo. A expectativa, porém, pode ser positiva para a empresa. Com a dificuldade de concorrentes, em especial a Americanas, que entrou em recuperação judicial após descobrir um rombo bilionário nos balanços, o Mercado Livre conseguiu ganhar ainda mais terreno.

Dados de mercado indicaram aumento da fatia da plataforma na disputa do e-commerce no primeiro trimestre, segundo Yunes. "E em abril já estamos ganhando market share em relação ao primeiro trimestre."

Fonte: Exame

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