TDAH em adultos: como reconhecer os sinais que passam despercebidos | Brazil News Informa

O Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) costuma nascer junto com a infância, mas nem sempre é identificado a tempo. Quando o diagnóstico não vem, a vida adulta pode virar o terreno onde as dificuldades aparecem com força total, afetando relações, rotina, trabalho e saúde emocional.
Especialistas explicam que o TDAH é classificado como um transtorno do desenvolvimento: para que o diagnóstico seja confirmado, os sintomas precisam existir desde antes dos 12 anos.
Há perfis variados: gente que apresenta apenas desatenção, outros que lidam com hiperatividade e impulsividade, e ainda aqueles em que as duas formas convivem e se somam. Estudos mostram que cerca de 20% das pessoas diagnosticadas na infância continuam com o transtorno na vida adulta.
Como o TDAH aparece depois dos 18
A dificuldade de atenção típica do TDAH adulto invade várias esferas da vida:
- Desorganização que prejudica o trabalho, a vida social e até pequenas tarefas domésticas.
- Em casos mais intensos, dirigir pode se tornar arriscado pela incapacidade de manter o foco constante na tarefa.
- Relações pessoais sofrem com esquecimentos, impulsividade ou dificuldade de acompanhar conversas e demandas.
No campo emocional, o efeito dominó é quase inevitável. Estudos relacionam o TDAH a autoestima baixa, ansiedade, depressão, conflitos conjugais, dificuldades no trânsito, baixo desempenho no trabalho e até abuso de substâncias.
E há comportamentos que muitos sequer imaginam ter ligação com o transtorno:
- Impulsividade social: falar fora de hora, interromper conversas e "sinceridade excessiva" que gera atritos e mal-estar.
- Oscilações de humor que dificultam vínculos estáveis.
- Mudança frequentemente de emprego, projetos ou hobbies, buscando constantemente novidades ou excitação, o que pode causar instabilidades em diferentes esferas da vida.
Muitas pessoas com TDAH se sentem aceleradas o tempo todo, com dificuldade em relaxar ou manter a calma. Isso pode se manifestar como movimentos involuntários, como balançar as pernas, ou até no surgimento de insônia.
Fonte: UOL
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