Calor extremo e chuvas elevam riscos à saúde no verão | Brazil News Informa

O verão de 2026 deve ser marcado por temperaturas acima da média e períodos de chuva intensa em diversas regiões do Brasil.
De acordo com previsões do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), a combinação entre ondas de calor mais fortes e aumento do volume de precipitações pode trazer impactos diretos à saúde da população, exigindo atenção redobrada no dia a dia.
Embora calor e chuva façam parte da estação, a intensidade desses fenômenos preocupa especialistas. Segundo o médico Armindo Matheus, diretor médico da Nova Saúde, o corpo humano reage de forma sensível a esses extremos climáticos.
"O organismo funciona como um sistema de equilíbrio. Quando esse equilíbrio é rompido pelo calor excessivo ou pela umidade constante, podem surgir desde sintomas leves até quadros graves, principalmente em pessoas mais vulneráveis", explica.
Calor extremo sobrecarrega o organismo
Durante ondas de calor, o corpo perde líquidos de forma acelerada, o sistema cardiovascular é mais exigido e a temperatura interna tende a subir. Esse processo pode resultar em desidratação, tontura, alterações da pressão arterial, exaustão, desmaios e agravamento de doenças crônicas. Muitas vezes, porém, os sinais iniciais passam despercebidos.
"Dor de cabeça frequente, cansaço fora do normal e urina mais escura são alertas claros de que o corpo está sofrendo. Quando a pessoa se hidrata e ajusta a rotina logo no início, reduz significativamente o risco de complicações", ressalta o médico.
Pacientes com hipertensão, diabetes ou problemas renais merecem atenção especial, já que o calor interfere diretamente na pressão arterial, na glicemia e na função dos rins, aumentando o risco de arritmias e até de acidente vascular cerebral (AVC).
Crianças e idosos sentem os efeitos primeiro
Entre os grupos mais vulneráveis, crianças e idosos são os que sofrem mais rapidamente os efeitos das altas temperaturas e da umidade.
Enquanto o organismo infantil ainda não regula a temperatura de forma eficiente, idosos costumam ter menor reserva hídrica e perceber os sintomas tardiamente. Irritabilidade, sonolência excessiva, cansaço extremo e redução da urina são sinais de alerta nesses grupos.
Chuvas intensas ampliam riscos de infecções
Além do calor, as chuvas fortes previstas para o verão elevam o risco de infecções. Ambientes alagados e o aumento da umidade favorecem doenças como dengue, hepatite A, leptospirose, diarreias infecciosas e infecções respiratórias.
"Mesmo sem contato direto com enchentes, água contaminada e alimentos mal higienizados representam riscos silenciosos", alerta Dr. Armindo.
Prevenção faz a diferença
Manter boa hidratação, evitar exposição solar nos horários mais quentes, optar por alimentos leves, usar roupas claras e redobrar os cuidados com água e higiene são medidas fundamentais.
Também é essencial buscar atendimento médico diante de sintomas persistentes, como tontura, febre alta, falta de ar ou confusão mental.
"O verão é uma estação de lazer, mas exige responsabilidade. Pequenas atitudes no dia a dia ajudam a prevenir complicações e podem salvar vidas", conclui o especialista.
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