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Como se proteger do câncer que afetou Bolsonaro? Tumores de pele são mais de 30% dos casos de câncer no país | Brazil News Informa

Como se proteger do câncer que afetou Bolsonaro? Tumores de pele são mais de 30% dos casos de câncer no país | Brazil News Informa


Nesta quarta-feira (17), o laudo médico do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), apontou um quadro de carcinoma, um tipo de câncer de pele, nas lesões retiradas durante o procedimento cirúrgico realizado no último domingo (14).

➡️O carcinoma é tipo de tumor maligno mais comum de no Brasil e está diretamente ligado à exposição excessiva aos raios ultravioleta (UV), emitidos pelo Sol.

De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), o câncer de pele não melanoma é o mais incidente no país, com 31,3% do total de casos.

Juliana Casagrande, médica dermatologista do A.C. Camargo Cancer Center, comenta que a exposição prolongada ao Sol é um dos principais fatores de risco para a doença, mas a genética também tem papel importante no pontencial desenvolvimento desses tumores.

"Pessoas com pele clara, com muitas pintas ou sinais, e também quem já tem histórico na família têm maior probabilidade de ter algum tipo de câncer de pele", afirma a dermatologista.

Detectar a doença ainda no início aumenta bastante as chances de sucesso no tratamento, sobretudo no caso do melanoma, considerado o tipo mais agressivo.

⚠️Mas, segundo os especialistas, medidas simples podem ser essenciais para prevenir esse tipo de câncer. Entre as principais formas de se proteger estão:

Evitar exposição prolongada ao sol, principalmente entre 10h e 16h.

Usar proteção adequada, como roupas, bonés ou chapéus de abas largas, óculos escuros com proteção UV e sombrinhas.

Aplicar protetor solar antes de qualquer exposição ao sol. A indicação é que se use filtro com proteção 30, no mínimo. É necessário reaplicar o filtro solar a cada duas horas, durante a exposição ao sol, bem como após mergulho ou grande transpiração. Mesmo filtros solares “à prova d’água” devem ser reaplicados.

Usar filtro solar próprio para os lábios.

Ir ao dermatologista ao menos uma vez por ano.

Tipos de câncer de pele

Existem dois grandes grupos de câncer de pele: o não melanoma e o melanoma.

Melanoma

Esse tipo de tumor por aparecer em qualquer parte do corpo, na pele ou mucosas, em forma de manchas, pintas e sinais.

É a forma menos comum de câncer de pele, representando apenas 3% dos casos, mas é mais grave, devido à alta probabilidade de metástase (quando o câncer se espalha para outros órgãos).

Não melanoma

Os tumores não melanoma são os mais frequentes no país e se dividem em carcinoma basocelular e carcinoma espinocelular.

O carcinoma basocelular é o mais comum e menos agressivo. É caracterizado por uma lesão e costuma crescer lentamente.

Já o carcinoma espinocelular tende a se desenvolver mais rápido, com feridas que não cicatrizam após semanas. Esse tipo tem maior possibilidade de metástase.

☀️Ambos estão fortemente relacionados à radiação solar e exigem atenção médica desde os primeiros sinais.

Sintomas e diagnóstico

Segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), o câncer de pele pode se assemelhar a pintas ou outros tipos de lesões benignas.

Casagrande detalha que, se a ferida sangra e coça e não cicatriza em um período de duas ou três semanas, isso pode ser um sinal de que a mancha é um tumor.

"Esses são indícios de que aquela lesão tem que ser avaliada por um especialista", afirma a médica.

Ela explica que somente um exame clínico feito por um médico especializado ou uma biópsia podem confirmar o tumor.

👉De acordo com os especialistas, é importante estar atento aos seguintes sintomas:

Lesões na pele de aparência elevada e brilhante, translúcida, avermelhada, castanha, rósea ou multicolorida, com crosta central e que sangra facilmente;

Pintas pretas ou castanhas que mudam de cor, textura, tornam-se irregulares nas bordas e crescem de tamanho;

Manchas ou feridas que não cicatrizam e continuam a crescer, apresentando coceira, crostas, erosões ou sangramento.

➡️Para identificar sinais de risco, os médicos utilizam a regra do "ABCDE":

Assimetria

Bordas irregulares

Cores variadas

Dimensão (diâmetro acima de 6 mm, tende a ser maligno)

Evolução da lesão

Além da exposição solar, fatores como histórico familiar, presença de muitas pintas e o uso de medicamentos imunossupressores – comuns em pacientes transplantados – aumentam o risco da doença.

Tratamento

Como em muitos tipos de tumor, o diagnóstico precoce é fundamental para aumentar as possibilidades de cura.

Nesse sentido, consultas periódicas com dermatologista e exames auxiliam na detecção de alterações suspeitas antes que a doença avance.

O tratamento depende do estágio em que o câncer é descoberto. Juliana explica que o principal tratamento é a cirurgia para remoção da lesão. O procedimento, em geral, é suficiente para a cura, principalmente quando feita precocemente.

"Por isso que nós falamos tanto em diagnóstico precoce, em prevenção, porque a chance de nós curarmos o câncer da pele com cirurgia é diagnosticá-lo no comecinho", alerta.

Em situações mais graves, como no melanoma avançado, podem ser necessárias terapias adicionais, incluindo imunoterapia – que estimula o sistema imunológico a combater as células malignas –, quimioterapia ou medicamentos orais específicos para mutações genéticas.

Fonte: G1


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