Quem é a jornalista presa após chamar homem de bicha nojenta em SP | Brazil News Informa

A jornalista Adriana Catarina Ramos de Oliveira, 61, foi presa no sábado após chamar um homem de pobre e bicha nojenta em um café no shopping Iguatemi, na zona sul de São Paulo. Ela foi solta pela Justiça em audiência de custódia neste domingo (15) e deverá cumprir medidas cautelares.
A reportagem não conseguiu contato com a defesa dela. Ela não respondeu a mensagens enviadas nas redes sociais.
De acordo com o Tribunal de Justiça, ela deve comparecer mensalmente em juízo para informar e justificar suas atividades, assim como eventual atualização de endereço. Ela está proibida de frequentar o shopping Iguatemi, segundo o tribunal.
A jornalista também não pode se ausentar da cidade por mais de oito dias sem comunicação prévia. Se ela descumprir as restrições, pode voltar imediatamente à prisão.
A imagem mostra uma mulher com cabelo loiro e curto, vestindo uma blusa preta, sentada em uma mesa de restaurante. Ela está gritando ou falando de forma expressiva, segurando um celular na mão. Ao fundo, há outras pessoas sentadas, algumas olhando para ela. A mesa tem copos e um cardápio visível.
Adriana Catarina Ramos de Oliveira, 61, presa sob suspeita de homofobia - Reprodução/Redes sociais
VEJA QUEM É ELA
Adriana começou a trabalhar em rádio antes de fazer carreira no telejornalismo da Rede Globo, passando também por TV Cultura, Record, entre outras emissoras.
De acordo com seu site, durante quase dez anos investigou a espiritualidade e sua influência nas pessoas.
"A jornalista descobriu como acontecem os milagres, comprovou a influência dos nossos antepassados e o resultado da medicina espiritual. Investigou a presença dos anjos e seres divinos no nosso dia a dia", diz trecho de sua biografia que a apresenta como a "jornalista que ouviu anjos, provou milagres e psicografias e comenta a espiritualidade no Brasil".
Uma mulher com cabelo loiro e curto, usando uma blusa preta. Ela está em um ambiente interno, com uma decoração moderna ao fundo, incluindo uma estante e uma escultura de Buda. A mulher está fazendo um gesto com as mãos e tem batom vermelho. O ambiente é bem iluminado e possui uma parede com textura.
A jornalista mantém dois perfis no Instagram. Um deles é dedicado a comentários sobre o noticiário e política, enquanto o outro é utilizado para transmitir mensagens espirituais de diversas doutrinas, como as de matriz africana, kardecistas, e católicas, além de conteúdos sobre extraterrestres.
Adriana nasceu em Campinas, interior de São Paulo, e estudou em colégios particulares tradicionais. Depois, segundo sua biografia no Facebook, formou-se em jornalismo na PUC-Campinas, em 1985. Ela tem duas filhas.
ENTENDA
Um vídeo que circula nas redes sociais mostra uma briga entre clientes em uma cafeteria com insultos e gritos. Nas imagens, a jornalista é flagrada chamando um homem de pobre e de bicha nojenta. Ele não aparece nas imagens.
No vídeo, é possível ouvir o bate-boca entre os dois. "Sua velha", fala o homem identificado como Gabriel. Ele também grita "tira ela daqui". A mulher responde "agressivo, nojento, assassino".
Em nota, o Iguatemi lamentou a ocorrência entre os dois clientes e informou que prestou todo o apoio necessário e segue à disposição das autoridades. "O shopping reforça que o respeito à diversidade —em todas as suas formas— é um valor inegociável e repudia qualquer ato de discriminação e intolerância."
Segundo a SSP (Secretaria de Segurança Pública), Adriana foi presa em flagrante pela Polícia Militar por proferir "ofensas homofóbicas a um homem, de 39 anos", sob acusação de injúria. A pasta não deu mais detalhes sobre o caso.
"Os envolvidos foram conduzidos à delegacia, onde testemunhas confirmaram a versão da vítima. O caso foi registrado como injúria no 14° Distrito Policial (Pinheiros) e a indiciada permaneceu à disposição da Justiça", diz o comunicado da SSP.
Fonte: Folha de S. Paulo
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