Brasil perdeu duas cidades após subida do nível do mar, entenda| Brazil News Informa

O Brasil enfrenta um desafio significativo com a redução da superfície de água, uma questão que se intensificou nos últimos anos. Em 2024, o país registrou uma diminuição alarmante de 400 mil hectares em sua área hídrica, comparável a mais de duas vezes o tamanho da cidade de São Paulo. Essa redução foi destacada por dados do MapBiomas Água, que apontaram uma queda de 2% na superfície coberta por corpos hídricos e reservatórios em relação ao ano anterior.
A tendência de diminuição dos recursos hídricos no Brasil é preocupante, especialmente considerando que oito dos anos mais secos desde 1985 ocorreram na última década. A Amazônia, que abriga 61% da superfície hídrica do país, foi particularmente afetada, perdendo 1,1 milhão de hectares de água em relação a 2023. Esse cenário é um reflexo das secas extremas que têm atingido a região.
Como as mudanças climáticas afetam os biomas brasileiros?
Os impactos das mudanças climáticas nos biomas brasileiros são variados. Na Amazônia, as secas extremas têm levado a uma redução significativa na superfície de água. No Pantanal, a situação é ainda mais crítica, com uma redução de 4,1% na área hídrica em 2024, acumulando uma perda de 61% desde 1985. Enquanto isso, a Caatinga apresentou um saldo positivo, graças a um ciclo de cheias iniciado em 2018.
O Cerrado, por outro lado, experimentou uma transformação preocupante. Os corpos hídricos naturais, como rios e lagos, estão sendo substituídos por reservatórios artificiais, que agora representam 60% da superfície hídrica do bioma. Essa mudança reflete a expansão de reservatórios e hidrelétricas, especialmente na Mata Atlântica e no Cerrado.
Brasil perdeu duas cidades após subida do nível do mar, entenda
Manaus Créditos: depositphotos.com / mrmello63@gmail.com
Quais são as consequências da redução da superfície de água?
A redução da superfície de água no Brasil tem consequências significativas para o meio ambiente e para a sociedade. A diminuição dos corpos d’água naturais, que encolheram 15% desde 1985, afeta a biodiversidade e os ecossistemas aquáticos. Além disso, a escassez de água impacta a agricultura, a geração de energia e o abastecimento urbano.
Especialistas alertam que a combinação de eventos climáticos extremos e mudanças no uso da terra está tornando o Brasil mais seco.
Esse cenário exige a implementação urgente de políticas públicas e estratégias de gestão hídrica para reverter essa tendência preocupante. A adoção de práticas sustentáveis e a preservação dos recursos naturais são essenciais para garantir a segurança hídrica do país.
Medidas para mitigar a crise hídrica
Para enfrentar a crise hídrica, é fundamental adotar medidas que promovam a conservação dos recursos hídricos e a adaptação às mudanças climáticas. Entre as ações recomendadas estão o investimento em infraestrutura para armazenamento e distribuição de água, a recuperação de áreas degradadas e a promoção de práticas agrícolas sustentáveis.
Além disso, é crucial fortalecer a governança da água, envolvendo comunidades locais e promovendo a educação ambiental. A colaboração entre governos, setor privado e sociedade civil é essencial para desenvolver soluções eficazes e garantir a resiliência dos ecossistemas e das populações afetadas pela escassez de água.
O futuro da água no Brasil
O futuro da água no Brasil depende de ações concretas e coordenadas para enfrentar os desafios impostos pelas mudanças climáticas e pela gestão inadequada dos recursos naturais. A implementação de políticas eficazes de conservação e o uso sustentável da água são fundamentais para garantir a disponibilidade desse recurso vital para as futuras gerações.
O Brasil, com sua vasta biodiversidade e riqueza hídrica, tem o potencial de liderar iniciativas globais de preservação ambiental. No entanto, é necessário agir com urgência para proteger seus recursos hídricos e assegurar um futuro sustentável para o país e para o planeta.
Fonte: Correio Brasiliense
1 Comentários
Gostaria de saber qual o fenômeno antrópico que afetou as águas em grande parte do Brasil, pois o nível do mar há milhões de anos era acima 100 metros em relação a atualidade. Porquê não há uma preocupação igual em relação ao saneamento básico para proteger as águas?
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