Doença de Crohn: médico aponta riscos após Evaristo Costa revelar ir até 40 vezes ao banheiro | Brazil News Informa

O depoimento do jornalista e apresentador Evaristo Costa, de 48 anos, sobre o diagnóstico da doença de Crohn, alertou especialistas sobre os riscos associados aos sintomas da doença, como a diarreia intensa. Costa afirmou que já chegou a ir até 40 vezes ao banheiro por conta de crises.
Evaristo Costa, jornalista que possui doença de Crohn - fotomontagem com duas imagens: à esquerda, homem branco, sentado, usando camisa social preta enquanto está com a boca aberta, ele tem cabelos curtos e escuros, barba e bigode; à direita, o mesmo homem está em pé tirando foto no espelho com o celular de capinha roxa, ele está com camiseta preta e calça jeans azul, além de boné na cor mostarda
Doença de Crohn: Evaristo Costa luta para entrar em ‘remissão’
A doença crônica provoca uma série de desequilíbrios no organismo, incluindo a diminuição da imunidade, o que já levou até a internação do apresentador durante crises.
“Não recebi nenhum diagnóstico de uma doença terminal. Posso colocá-la em remissão e posso viver normalmente se conseguir isso. Ainda não consegui, não aprendi a lidar com ela. Ainda não encontramos o remédio certo para estabilizá-la”, explica Evaristo Costa.
Durante uma entrevista ao PodCringe, do programa Domingo Espetacular, da Record TV, Costa revelou que as crises causadas pela doença de Crohn são constrangedoras e que já chegou a ir ao banheiro pelo menos 40 vezes no mesmo dia.
“É uma doença que causa um grande constrangimento, porque o principal sintoma é a diarreia. Em crise, eu vou ao banheiro 30, 40 vezes por dia. Falar disso para as pessoas gerava um pouco de vergonha”, relembra.
O diagnóstico de Evaristo Costa ocorreu em 2021, após episódios de diarreia com sangue. Após a primeira consulta, na época, ele chegou a fazer tratamento durante um ano para o que o médico acreditava ser uma gastrite.
“Não liguei para isso. Pensei: ‘é alguma coisa que comi, vou melhorar’, e passei três meses assim. Emagreci muito e só fui procurar ajuda quando perdi as forças. Não tinha mais forças nem para levantar da cama, porque baixou minha imunidade e tive várias outras consequências”, completa.
Médico explica efeitos de idas constantes ao banheiro
Conforme o MS (Ministério da Saúde), a condição inflamatória afeta principalmente a parte inferior dos intestinos delgado e grosso, o íleo e o cólon, respectivamente. A doença de Crohn é desencadeada por um desequilíbrio do sistema imunológico.
Entre os sintomas estão:
- Diarreia;
- Cólicas abdominais;
- Febres constantes;
- Sangramento retal (ocasionalmente);
- Perda de apetite e, como consequência, de peso;
- Dores nas articulações.
O médico especialista em doenças intestinais, Arthur Garcia, explica que a evacuação intensa e recorrente pode gerar diversas consequências.
“Quadros graves assim da doença podem ter várias complicações, como desidratação, distúrbios nos eletrólitos, desnutrição, infecções oportunistas e até mesmo sepse, que atinge vários sistemas”, alerta.
“Esses pacientes acabam perdendo muito peso e piorando o estado geral, podendo predispor a outras condições. A doença de Crohn aumenta as chances de desenvolver câncer colorretal. Algumas pessoas têm maior risco, como pacientes com inflamação intestinal por muitos anos ou que têm inflamação mais severa. Esses casos precisam de acompanhamento e exames mais frequentes”, pontua o proctologista Arthur Garcia.
Segundo o médico, pacientes com doença de Crohn também precisam evitar componentes que possam desencadear crises, como:
- Uso frequente de anti-inflamatórios;
- Alimentação com excesso de industrializados e processados;
- O ideal, conforme o especialista, é que pessoas com a condição mantenham dieta rica em vegetais e alimentos mais naturais, como verduras e frutas.
“Apesar da doença de Crohn não ter cura, ela pode ser controlada de forma adequada com os tratamentos atuais e muitos pacientes com a doença levam uma vida normal trabalhando, estudando e fazendo atividades físicas, por exemplo, sem nenhuma limitação”, completa o médico.
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