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Suspeita de matar namorado com brigadeirão envenenado teve 'motivação econômica', diz delegado | Brazil News Informa

Suspeita de matar namorado com brigadeirão envenenado teve 'motivação econômica', diz delegado | Brazil News Informa

O delegado Marcos Buss, da 25ª DP (Engenho Novo), afirmou nesta quinta-feira (30), que Júlia Cathermol, suspeita de matar o empresário Luiz Marcelo Ormond, teve motivação econômica para a prática do crime.

Segundo o investigador, Júlia não gostou de saber que o namorado havia desistido de formalizar a união estável com ela. A suspeita está foragida da Justiça.

"A motivação é econômica. Nós temos elementos que a Júlia estava em processo de formalização de uma união estável com a vítima. Mas, em determinado momento, o que nos parece, é que a vítima desistiu da formalização da união", comentou Buss.

"Isso até robustece a hipótese de homicídio e não de um latrocínio, puro e simples, porque o plano inicial me parecia ser realmente eliminar a vítima depois que essa união estável estivesse formalizada", analisou o delegado.

Imagens mostram apartamento onde foi encontrado corpo de empresário que teria sido envenenado com brigadeirão

Luiz Marcelo foi encontrado morto dentro do apartamento dele no Engenho Novo, na Zona Norte do Rio, no dia 20 de maio. A suspeita é que ele tenha sido assassinado pela namorada com um brigadeirão envenenado.

As investigações sobre o caso indicam que Julia foi fria. Em seu depoimento, a suspeita disse que Luiz serviu o café da manhã dela na segunda de manhã, o que é impossível de acordo com a necropsia, já que o empresário já estava morto.

"É um caso aberrante porque evidência extrema frieza. Ela teria permanecido no interior do apartamento da vítima, com o cadáver, por cerca de 3, 4 dias. Lá ela teria dormido ao lado do cadáver, se alimentado, ela teria inclusive descido para a academia, se exercitado, retornado para o apartamento onde o cadáver se encontrava”, disse o delegado Marcos Buss.

"Nós estamos seguindo uma linha que seria um homicídio qualificado, qualificado aí pela torpeza, afinal ceifou a vida da vítima pra pegar os bens e também pelo emprego de veneno", completou.
'Cigana' mentora


A Polícia Civil não tem dúvidas de que Júlia matou Luiz Marcelo e permaneceu no apartamento dele por alguns dias, junto com o corpo.

Namorada é suspeita de dopar e matar empresário no Engenho Novo com ajuda de cigana

Os investigadores suspeitam da participação de pelo menos uma outra pessoa no crime. Suyany breschak se apresenta como cigana. De acordo com a polícia, ela pode ter ajudado Julia a planejar a morte de Luiz Marcelo.

Suyany contou que realizava limpeza espiritual em Júlia, que devia a ela R$ 600 mil pelos trabalhos prestados. Segundo ela, Luiz sabia que Júlia era garota de programa, pois foi assim que ele a conheceu.

Ela também disse em depoimento que Júlia admitiu ter colocado 50 comprimidos moídos em um brigadeirão e dado para Luiz Marcelo comer.

Suyany também afirmou que Júlia admitiu ter coberto o corpo com lençóis e cobertores e colocado o ventilador direcionado para o corpo porque estava fedendo demais. A cigana afirmou que Júlia vinha reclamando há tempos de que não suportava mais Luiz Marcelo.

A mulher que está presa confessou ter recebido o carro de Luiz Marcelo das mãos de Júlia, que levou o veículo até Araruama, na Região dos Lagos, com vários pertences da vítima, como um computador. O carro seria o pagamento de parte de uma dívida.

O veículo foi entregue a um homem chamado Victor Ernesto de Souza Chaffi, que foi preso por receptação.

"Não dá para entender como uma pessoa consegue, né, entrar aqui e ter qualquer tipo de maldade com o ser humano tão bom que era o meu primo", comentou Pedro Paulo Ormond, primo da vítima.

O advogado de Suyane, Cleison Rocha, diz que ela é inocente e está sendo acusada injustamente. “A Suyane trabalha com cartas e búzios, e a Júlia se consultava apenas com a Suyane. Não são amigas, elas têm apenas uma relação profissional."

Polícia divulga cartaz pedindo informações

O Disque Denúncia, divulgou nesta quarta-feira (29), um cartaz para ajudar no inquérito policial instaurado pela 25ª DP (Engenho Novo), a fim de obter informações que possam levar à localização e prisão de Júlia Andrade Cathermol Pimenta.

Fonte: G1


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