Um funcionário do hospital Instituto Doutor José Frota (IJF), em Fortaleza, foi assassinado a tiros e decapitado na unidade na manhã desta terça-feira (23).
O principal suspeito do crime, um homem de 41 anos que é ex-funcionário do IJF, foi preso na tarde desta terça em Aquiraz, cidade da Grande Fortaleza. O nome dele não foi divulgado.
A vítima tinha 29 anos e era prestadora de serviço do setor de alimentação do hospital. O corpo foi encontrado na área de recebimento de cargas. Outro funcionário do mesmo setor também foi ferido na ação, e o caso é investigado pela Polícia Civil.
A principal linha de investigação aponta para um crime motivado por ciúmes. De acordo com Samuel Elânio, secretário de Segurança Pública do Ceará, o suspeito vinha demonstrando ciúmes da vítima em relação à companheira, que também trabalha no hospital.
"A pessoa que praticou esse crime é um ex-funcionário demitido no ano de 2022 e que, por motivos de ciúmes, veio praticar esse homicídio contra a vítima", afirmou o secretário.
O suspeito conseguiu entrar no local por meio de reconhecimento facial, portando um crachá. A direção do IJF não se pronunciou sobre possíveis falhas em seu sistema de segurança.
A arma usada no crime foi encontrada em uma mochila no hospital.
Em nota, a direção do Instituto Doutor José Frota afirma que "as famílias das vítimas estão sendo acolhidas e a situação está sendo acompanhada pelos órgãos de segurança, que está recebendo todo o apoio para as investigações".
O hospital diz ainda que os atendimentos aos pacientes seguem normalmente, sem interrupção.
Apesar das declarações do secretário de segurança, o prefeito de Fortaleza, José Sarto (PDT), associou o assassinato à atuação de grupos criminosos. "A paralisia do governo do estado no combate às facções não parece ser apenas incompetência, mas também cumplicidade."
O governador do Ceará, Elmano de Freitas (PT), rebateu a declaração de Sarto. "Há de se lamentar a postura irresponsável e oportunista do prefeito de Fortaleza, buscando criar um fato político em cima de uma tragédia."
Fonte: FolhaPress
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