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"Pavor de comida": menino de 3 anos não come há mais de um ano | Brazil News Informa

"Pavor de comida": menino de 3 anos não come há mais de um ano | Brazil News Informa

Aos 2 anos, Oliver Taylor, um menino britânico, foi diagnosticado com desnutrição e desidratação. Não porque não tinha acesso à água ou alimentos, mas porque tem “pavor de comida”. Segundo a mãe, Emma, a criança não come há mais de um ano.

Hoje com 3 anos, o garotinho passou 2023 ligado à máquinas durante toda a noite, além de quatro horas durante o dia, para receber a nutrição adequada. Até hoje, ele depende totalmente de um tubo para se alimentar e ingerir líquidos. A última vez que Oliver comeu algo, via oral, foi há 17 meses. O menino tem um transtorno de ingestão alimentar restritiva e evitativa, conhecido como ARFID. Pessoas com essa condição evitam alguns tipos de alimentos - ou todos.

6 atitudes que ajudam a prevenir distúrbios alimentares

Os pais de Oliver, Emma e Matty Taylor, de Pensby, na Inglaterra, querem compartilhar a história do menino para aumentar a conscientização, na esperança de que mais recursos sejam destinados ao tratamento de crianças na mesma situação do menino. “Queremos aumentar urgentemente a conscientização em massa sobre o ARFID, para que a questão possa ser melhor compreendida”, declarou, em entrevista ao Liverpool Echo.

A mãe lembrou que a condição não tem ligação com a percepção da pessoa sobre o tamanho e a forma do corpo e que os afetados pela condição não restringem o consumo de alimentos por motivos ligados à perda de peso. “É um distúrbio alimentar, mas pode ser diagnosticado em crianças a partir de 2 anos. Para Oliver, que também é autista, trata-se de questões sensoriais e de medo. Ele fica absolutamente aterrorizado pela comida”, explica.

Depois de quatro meses com um tubo mais simples, Oliver foi submetido a uma cirurgia em abril do ano passado, quando um tubo permanente foi colocado em seu estômago. “Ele ganhou um terço de seu peso corporal em quase 12 meses, graças à alimentação por sonda, mas você pode imaginar o impacto sobre ele e sobre a família”, ressalta a mãe. “Ele ainda fica muito angustiado com a comida e perdemos muitas coisas, como refeições em família e festas de aniversário”, acrescenta.

Por conta do problema, Oliver precisa passar em consulta com um nutricionista especialista todos os meses. “Muitas pessoas dizem que ele comerá quando estiver com fome, mas Oliver não, ele literalmente passa fome, mas não come Já faz mais de um ano desde que ele colocou comida na boca”, conta Emma.

Matty, o pai do menino, vai participar da Meia Maratona de Liverpool no próximo mês, também com o objetivo de aumentar a conscientização sobre o ARFID, que acabou se tornando a causa da família. “Matty não é um corredor, mas faria qualquer coisa para ajudar os outros a entender o que Oliver está passando”, afirma a esposa. “A empresa em que eu trabalho e meu gerente também foram muito bons e permitiram que eu continuasse trabalhando e cuidando de Oliver. Me sinto muito agradecida”, diz ela;

Todos os lucros arrecadados com os esforços da maratona de Matty irão para o Hospital Infantil Alder Hey e para a ARFID Awareness UK.

Fonte: Crescer 


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