GREVE GERAL? Entenda a nova decisão dos trabalhadores de aplicativo | Brazil News Informa
Não é de hoje que os motoristas e entregadores de aplicativos estão reivindicando seus direitos trabalhistas. Para conseguirem ser vistos, esses trabalhadores articulam diversas estratégias, como a organização de uma greve que deveria ter saído nesta semana. Apesar disso, a decisão foi de remarcar o acontecimento para outro dia.
Se você quer entender por quais motivos os entregadores estão montando uma manifestação, continue acompanhando o texto a seguir e fique por dentro de todas as informações mais importantes sobre esse tema.
Nova greve dos entregadores de app
A princípio, a ideia dos entregadores de app foi de postergar a greve geral que, até então, estava marcada para esta segunda-feira.
A decisão veio em uma reunião realizada na última sexta-feira (15/09), após a continuidade das conversas entre empresas do Grupo de Trabalho (responsáveis por regulamentar assuntos da categoria) e os trabalhadores.
Frente a isso, a nova manifestação foi marcada para a última sexta-feira do mês, no dia 29. Além disso, foi decidido também que o Grupo de Trabalho teria até segunda-feira para definir a regulamentação do aplicativo de transporte e de passageiros, enquanto que, no caso dos entregadores, o prazo seria até a terça-feira (19/09).
Em uma nota publicada pelo Grupo de Trabalho, foi dito que a categoria repudia a proposta de R$ 17 a hora por parte do Governo Federal, já que, nas palavras dos trabalhadores, ela não leva em consideração o tempo à disposição, colocando-os em uma posição pior do que a que aceitaram ao integrarem o GT.
Por essa razão, tanto as empresas quanto os trabalhadores e o próprio governo não conseguiram chegar a uma conclusão na semana anterior. Alguns dos pontos que ainda devem ser discutidos, por exemplo, são a contribuição à previdência, a remuneração da hora trabalhada e contabilização da hora de trabalho.
Posicionamento das empresas
Ademais, de acordo com o posicionamento das empresas, a ideia é oferecer R$ 12 a hora para os entregadores, valor muito abaixo dos R$ 35 a hora solicitados pela classe. Apesar disso, a negociação sobre o oferecimento dos valores ainda não avançou, já que, de um lado, os profissionais esperam que o pagamento ocorra por hora “logada”, que é o tempo em que eles ficam disponíveis no app, enquanto empresas querem pagar somente por hora trabalhada.
Além disso, a parte da previdência ainda continua sem nenhuma definição, já que os entregadores ainda estão esperando que o governo apresente como será o novo formato de contribuição. De acordo com fontes que acompanham o processo, o assunto que mais tem travado as conversas é justamente o das contribuições à Previdência Social.
Em tese, o governo fala sobre o pagamento de uma alíquota de 31%, sendo que 11% seria responsabilidade do empregador e os 20% restantes seriam obrigação das empresas. No geral, esse percentual incidiria sobre 70% de todo ganho líquido desses profissionais; essa seria a base de cálculo no momento.
Fonte: Pronatec
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