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Dipirona é proibida nos EUA e na Europa: por que é liberado no Brasil? | Brazil News Informa

Dipirona é proibida nos EUA e na Europa: por que é liberado no Brasil? | Brazil News Informa

Uma “mania” brasileira que não é recomendada por nenhum médico ou especialistas é a automedicação. Muitas pessoas costumam ir na farmácia quando sentem algum tipo de sintoma e comprar aquilo que acreditam que vai ajudar a combater uma doença. 

O problema é que muita gente se expõem a riscos sem saber. Por exemplo, você sabia que a tão famosa dipirona é proibida nos Estados Unidos e em várias partes da Europa? Entenda exatamente o porquê disso e saiba se você deve diminuir o consumo desse tipo de remédio. Confira quais são os riscos e porque o medicamento é tão usado por aqui.

Como funciona a dipirona?

Primeiramente, é importante lembrar que estamos falando de um dos medicamentos mais vendidos do Brasil. Todos os anos, nas listas de mais procurados nas farmácias, aparece o nome da tradicional dipirona. 

Criada em 1920 pela empresa alemã Hoechst AG, em pouco mais de 2 anos esse remédio já estava disponível no mundo todo – inclusive por aqui. 

Há muito tempo esse medicamento é conhecido (principalmente pelas pessoas mais velhas) por Novalgina. Esse é o nome comercial que hoje é do laboratório Sanofi, da França. 

O que muitas pessoas não sabem é que existem outros remédios com dipirona que são famosos: Dorflex e Neosaldina são os destaques. 

Apesar dessa grande presença no mercado há mais de 100 anos, ainda não existem evidências “sólidas” sobre o seu funcionamento. O que se sabe é que a dipirona é para a febre e dor. Ainda assim, a sua atuação não é 100% conhecida. 

A principal hipótese é que ela lida com a molécula inflamatória COX, inibindo-a e aliviando as sensações de dor e febre.

Dipirona é proibida nos EUA e Europa

O que muitas pessoas não sabem, contudo, é que a dipirona é proibida em vários países desde a década de 1960. 

Essa proibição começou a acontecer por conta de estudos que apontavam para o risco de agranulocitose. O estudo clássico que aponta isso foi feito em 1964 e calculou uma alteração sanguínea grave em uma pessoa a cada 127 que usavam uma substância parecida com a dipirona. 

Por que a dipirona é liberada no Brasil?

Por fim, no Brasil o medicamento segue sendo comercializado e aprovado pela Anvisa, órgão nacional de regulação. 

O estudo mais robusto por aqui foi feito entre 2002 e 2005 com dados de 548 milhões de pessoas. Estavam envolvidos cientistas do México, Brasil e Argentina. Dentro desse recorte foram identificados 52 casos da alteração no sangue – a agranulocitose. 

A Anvisa ainda reforça que existiu um “Painel Internacional de Avaliação de Segurança da Dipirona” que afirmou a eficácia do remédio. Além disso, mais de 20 anos depois, não foram identificados novos riscos ou alertas relacionados ao medicamento. 

Contudo, especialistas lembram que o uso exagerado da dipirona é preocupante. Apesar de ser “misteriosa”, a ação do medicamento é bem forte e por isso ela é usada muitas vezes em ambiente hospitalar. 

Ou seja, é possível usar a dipirona apenas dentro da dose recomendada e sempre evitando a automedicação. 

Fonte: Pronatec

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