Alerta! Está com dívidas? Você pode perder 30% do seu salário; Veja por que | Brazil News Informa
De acordo com um estudo realizado pela Federação Nacional dos Comerciantes Proprietários (CNDL) e pelo SPC Brasil, o país atingiu a maior taxa de inadimplência desde que a pesquisa foi lançada. Portanto, 4 em cada 10 brasileiros têm CPF negativo em um órgão de proteção ao crédito. Assim, 66 milhões de brasileiros estão em atraso de dívidas.
No entanto, a decisão do STF busca acabar com o cerco ao devedor apelante. De acordo com o entendimento do tribunal especial do STJ, é possível penhorar parte do salário do devedor para o pagamento da dívida.
“Isso significa que mesmo quem ganha salário mínimo pode reter seu salário desde que a ‘dignidade’ do devedor seja respeitada, na prática isso abre uma porta à qual 30% do salário de qualquer pessoa está vinculado”, explica a advogada Luciana Roberto Di Berardini.
Quanto maior o salário, maior a penhora
O advogado observa ainda que, se os salários do devedor forem altos, o percentual apreendido pode ultrapassar 30%. “O STF (Supremo Tribunal Federal) vai continuar analisando essa questão, mas, por enquanto, o STJ já vale a pena”, analisou.
Para Berardini, não só por causa das dificuldades financeiras, o país tem uma cultura de inadimplência. O principal problema são os brasileiros, que estão em negativa e têm condições de pagar dívidas, mas preferem continuar endividados pela falta de consequências.
“No Brasil, acredita-se que o pagamento das dívidas é voluntário, e a maioria das pessoas não tem vergonha disso, e por causa desses constantes abusos dos devedores, o Judiciário está fechando o cerco aos devedores problemáticos”, diz Luciana.
Busca por acordo
Se um brasileiro está endividado e quer quitar a dívida, os advogados dizem que o melhor plano é buscar um acordo com a empresa credora. No entanto, Berardini diz que a melhor solução é sempre pensar muito antes de se endividar.
“Mas lembre-se de que não é dever do seu credor aceitar o acordo, mas do seu dever de buscar uma solução, e essa é a mensagem da justiça”, conclui o advogado.
Fonte: Finanças Brasil
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