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O que acontece no seu corpo quando você para de beber álcool | Brazil News Informa

O que acontece no seu corpo quando você para de beber álcool | Brazil News Informa

Uma semana sem álcool. Um janeiro seco. Beba só nos finais de semana. Beba menos, seja o seu melhor. Estas frases são exemplos de slogans utilizados em campanhas de saúde idealizadas em diferentes partes do mundo para estimular a redução do consumo de bebidas alcoólicas. Diante dessas, a ordem é adotar aquela regra onde o menos vale mais.

Prejudicial para todos, independente da idade, sexo, gênero, etnia, tolerância ou estilo de vida, o álcool se relaciona com mais de 200 doenças diferentes. Isso significa que, ao investir na abstinência ou na redução de seu consumo, você fica fora de uma estatística que conta 3 milhões de mortes por ano resultantes do seu uso inadequado em todo o mundo.
  • Esse dado representa 5,3% de todas as mortes.
  • 43% da população com idade superior a 15 anos consumiram a bebida no último ano.
  • 14 anos é a idade na qual os adolescentes tomam a primeira dose nas Américas.
  • Cerca de 13,5% do total de óbitos são atribuíveis a ele, na faixa de 20 a 39 anos.
  • 1 em cada 12 adultos (8,2%) nas Américas tem transtornos relacionados, quase o dobro da média mundial (5,1%).
  • A região tem maior prevalência de transtornos relacionados ao álcool em mulheres, e a segunda maior entre homens.

O que você ganha com isso


As evidências científicas sobre a relação existente entre a abstinência ou a moderação do consumo de álcool e a reversão dos impactos negativos da substância em todo o corpo são bastante estabelecidas.

No curto prazo, além do sumiço das ressacas, é comum observar uma melhora nos níveis de energia, da hidratação, do aspecto da pele, além de mudanças no peso, já que haverá menor consumo de calorias.

A longo prazo, os lucros são distribuídos por todos os sistemas do organismo, destacando-se:

  • Mais saúde para o fígado
  • Menor risco de pneumonia
  • Melhora da performance sexual
  • Prevenção e controle de doenças cardiovasculares
  • Blindagem contra alguns tipos de câncer
  • Mais saúde para o feto
  • Cérebro afiado

Você se livra de doenças hepáticas

Entre todos os órgãos afetados pela ingestão exagerada do álcool, o fígado é o que mais sofre. A razão para isso é que ele é responsável por 97% do metabolismo do álcool.

O restante é eliminado pelo suor, pela urina e a respiração. Ele também é o responsável pela eliminação de toxinas ingeridas ou produzidas pelo organismo.

  • Os danos são progressivos, e começam com a formação de gordura no fígado. Se o consumo continua, aparece a esteato-fibrose.
  • De 10% a 35% desses quadros evoluirão para a hepatite alcoólica; a partir deste estágio, 40% a 60% dos pacientes terão cirrose hepática com suas complicações —hemorragia, ascite, a popular barriga d'água, encefalopatia—, além do risco de 2% a 4% ao ano de desenvolver tumor no fígado.
  • O tempo desse processo é de 10 a 15 anos.
  • As mulheres metabolizam o álcool de forma diferente da dos homens e ainda possuem mais gordura corporal. Esses fatores fazem delas mais suscetíveis aos danos.
  • Com a abstinência, porém, a gordura do fígado e a hepatite alcoólica são frequentemente reversíveis, e há aumento nas taxas de sobrevida nos quadros da inflamação persistente e cirrose.

Você, enfim, consegue respirar fundo


O álcool é considerado um fator de risco para pneumonias adquiridas fora dos hospitais. E basta ingerir de 10 g a 20 g de álcool diariamente para somar 8% a mais do risco de ficar doente. Os dados foram publicados pelo periódico British Medical Journal.

Relatório da OMS indica que, para além da doença, a substância também atrapalha o tratamento, o que eleva a chance de óbito.

Você tem mais facilidade para entrar no clima

As pesquisas médicas já confirmaram a relação positiva entre abstinência do álcool e melhora da disfunção erétil —especialmente quando não há lesões no fígado, o paciente é jovem e o período de tempo do consumo do álcool é menor, assim como o número de doses consumidas diariamente. Os dados foram publicados no The Journal of Sexual Medicine.

  • A expectativa, entre todos os gêneros, é que as bebidas alcoólicas sejam capazes de esquentar a vida sexual.
  • A realidade é que exageros levam à ejaculação precoce, disfunção erétil, insatisfação com o orgasmo e à perda da libido.
  • A disfunção erétil é a queixa mais comum.
  • Mais desinibidas, as pessoas fazem sexo desprotegido ou com múltiplos parceiros, e ainda podem se ver forçados a essa prática, o que as expõe a outros riscos, como ISTs (infecções sexualmente transmissíveis).

Você mantém o coração em bom estado


Parar de beber ajuda na prevenção e no controle da hipertensão (pressão alta), fibrilação atrial, insuficiência cardíaca, AVC (acidente vascular cerebral), além de alterações na pressão sistólica e diastólica (contração e relaxamento) do coração.

Todos esses quadros estão relacionados à ingestão excessiva de bebidas alcoólicas.
  • Os grandes vilões nessas situações são o etanol e o acetildeído, a primeira reação metabólica ao álcool promovida pelo organismo.
  • Deficiências de nutrientes e níveis aumentados de toxinas no corpo aceleram esses resultados.
  • Ao longo do tempo, o músculo do coração enfraquece (cardiomiopatia alcoólica).
  • O aumento de risco de morte por hipertensão é de 7%.
  • A pressão aumentada ainda pode levar a danos nos rins.
  • A doença cardíaca hipertensiva foi a principal causa de morte decorrente do uso do álcool entre as brasileiras em 2020. Os dados são da Cisa.

Você passa longe dos tumores


Há décadas o álcool foi classificado como cancerígeno pela Agência Internacional para a Pesquisa do Câncer. E ele está no mais alto grupo de risco, que inclui o tabaco e a radiação.

Uma série de fatores influenciam nesse sentido, desde alterações indiretas no DNA até sinergia com outros agentes causadores da doença. Além disso, o álcool reduz os níveis de oxidantes (vitaminas A, E, zinco e ferro, do complexo B, ácido fólico e tiamina), e ainda enfraquece as defesas do corpo.

Garganta, pulmão, esôfago, estômago, reto, fígado e mamas são os órgãos mais afetados.
Entre as mulheres, mesmo o consumo de pequenas quantidades parecem potencializar o risco para o câncer de mama.

De modo geral, a relação entre tumores e álcool é dose dependente. Quanto mais se consome, maior é o risco.

Você garante o bom desenvolvimento do seu bebê

Uma das proibições absolutas entre mulheres grávidas é o consumo de álcool. É que a substância pode resultar em transtornos do espectro alcoólico fetal, um conjunto de deficiências físicas, mentais e comportamentais. A síndrome alcoólica fetal e o transtorno de neurodesenvolvimento são exemplos.

Crianças que vivem em instituições, unidades para menores infratores ou que recebem educação ou atenção clínica especializadas têm de 10 a 40 vezes mais risco de apresentar o problema comparado à população em geral.

Basta beber 60 g de álcool por semana, ou mais de 30 g em apenas duas ocasiões na gravidez.
Possíveis sintomas no bebê: alterações faciais, no crescimento, no SNC (sistema nervoso central) —como perímetro cefálico reduzido e convulsões não relacionadas a febre.
Dificuldades de percepção, aprendizagem, memória, atenção, regulação do humor e controle do comportamento também podem estar presentes.
Você joga a favor do seu cérebro

Quando o assunto é a saúde cerebral, não existe consumo seguro em todas as faixas etárias. Deixar de beber tem como efeito imediato a redução dos seguintes quadros:
  • Dor de cabeça (incluindo enxaqueca)
  • Mudanças no sono
  • Deficiências cognitivas (redução da atenção, controle, julgamento, concentração, etc.)
  • Perda da memória e apagões
  • Intoxicação (deficiências psicomotoras)
  • Perda das funções básicas --uma overdose pode desacelerar a respiração, o coração, etc.

A longo prazo, podem ser observadas a melhora de sintomas e condições:

  • Sono, humor e de doenças psiquiátricas (ansiedade e depressão)
  • Pensamentos suicidas e suicídio
  • Demência (que pode ser precoce)

Dependências

Perda de funções executivas como raciocínio, planejamento, controle inibitório, etc.
Mesmo bebendo menos, o risco permanece

É verdade que muitas pesquisas concluem que o consumo de pequenas quantidades de álcool ajuda a prevenir o diabetes, a doença isquêmica do coração, a demência e até o declínio cognitivo. O fato é que, até agora, não ficou esclarecido o quanto seria essa quantidade capaz de promover a saúde.

De olho nos malefícios que o álcool tem causado em todo o mundo, as mais importantes autoridades sanitárias, incluindo a OMS, reconhecem que não dá para se falar em volume seguro de álcool porque não se pode saber como cada organismo reagirá à substância.

Tenha em mente que o álcool é considerado uma substância psicoativa com potencial de causar dependência, e tem impacto negativo sobre o organismo.
  • A regra de ouro para quem deseja preservar a saúde é abster-se do álcool.
  • Um consumo moderado, que é considerado de baixo risco, corresponderia a 1 dose para mulheres, e até 2 para homens ao dia.
  • Cada dose padrão de bebida contém o equivalente a 10 g/14 g de álcool puro, o que corresponde a: 1 copo de cerveja (255 ml); 1 taça de vinho (100 ml); 1 dose de destilado (30 ml).
  • Nas Américas, 25% da população geral reconhece que consome mais de 60 g de álcool puro (cerca de 6 doses padrão para homens) e mais de 40 g de álcool puro (mais de 4 doses para mulheres), pelo menos uma vez por mês, o que caracteriza o chamado beber excessivo episódico.

Coloque uma meta, só não vale dobrá-la!

Se você se animou com as vantagens de cortar ou reduzir o álcool, adote as seguintes medidas:

Conte quantas doses consome a cada semana e vá reduzindo gradualmente, até conseguir não exceder os limites que representam menor risco para a saúde.
  • Quando estiver bebendo, beba mais devagar.
  • Ingira mais água enquanto bebe.
  • Para cada bebida alcoólica, tome outra sem álcool.
  • Coma antes e durante o consumo ou prefira beber somente durante o jantar.
  • Observe o rótulo das bebidas e prefira as que possuam menor teor alcoólico.
  • Varie as opções de lazer. Sair para beber com os amigos não precisa ser sua única opção.

Fonte: Viver bem/UOL

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