Começa a valer redução da taxa de juros máxima dos empréstimos consignados para aposentados e pensionistas do INSS | Brazil News Informa

Começou a valer, nesta quarta-feira (15), a redução da taxa de juros máxima dos empréstimos consignados para aposentados e pensionistas do INSS.
Há mais de cinco anos, a aposentada Avanir dos Santos pegou um consignado com desconto na aposentadoria para reformar a casa em Brasília. Ela diz que o dinheiro foi bem usado, mas sonha em quitar a dívida que ainda tem mais dois anos pela frente.
“Quando eu fiz foi bom, porque eu resolvi tudo. Não vejo a hora de chegar a ficar livre”, conta.
Segundo a Previdência Social, aproximadamente 8 milhões de aposentados e pensionistas têm empréstimo consignado e 1,8 milhão estão com quase metade (45%) do benefício comprometido com o empréstimo.
Essa semana, o Conselho Nacional de Previdência Social reduziu a taxa máxima de juros para os contratos novos: de 2,14% para 1,70% ao mês.
Redução nos juros do consignado irrita Fazenda e Casa Civil
Os empréstimos consignados costumam ter juros menores porque o desconto é feito direto na folha de pagamento. Neste caso, o dinheiro já é retido no benefício ou na pensão recebida pelo INSS.
O governo estipulou o teto dos juros, mas os bancos e as corretoras são livres para decidirem - dentro desse limite - as taxas que vão cobrar de aposentados e pensionistas. Por isso, antes de pedir um empréstimo consignado, a dica é pesquisar muito.
A professora de finanças da FGV, Myrian Lund, afirma ainda que é preciso tomar outros cuidados com os juros mais baixos:
- Não fechar negócio sem antes pechinchar as taxas, prazos e condições entre cooperativas de crédito, bancos e corretoras
- Não fazer empréstimo para outras pessoas
- Calcular quanto da renda mensal vai ser comprometida com as parcelas e se há margem no orçamento doméstico para isso
- O dinheiro deve ser usado para cobrir uma despesa pontual e de extrema necessidade
O aposentado que já tem empréstimo, mas paga juros mais altos, agora tem margem para renegociar.
“Essa redução do teto proporciona que as pessoas façam portabilidade. Isso é importante. Então, se você tem uma dívida que você contraiu com uma taxa mais alta, você pode ir em outra instituição e pedir portabilidade e, com isso, você reduz a sua prestação. A portabilidade é interessante porque você consegue perceber quanto vai te trazer de economia”, orienta a professora.
Fonte: g1
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