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Lula reclama de dia e horário do debate da Globo e entra em contradição | Brazil News Informa

Lula reclama de dia e horário do debate da Globo e entra em contradição | Brazil News Informa

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criticou nesta sexta-feira (30) dia e horário do debate da TV Globo. O debate, que começou às 22h30, entrou pela madrugada, terminando à 1h50 desta sexta.

"É uma coisa inexplicável você levar um debate até 2h30 da manhã. Um debate que poderia ser feito em um sábado à tarde, um sábado de manhã, um domingo. Poderia ter um espaço para que o conjunto da sociedade que vive no mundo do trabalho, que está desempregado, pudesse assistir", disse.

Ao fazer essa crítica, Lula entra em contradição com ele mesmo. Na tarde do último sábado (24), Lula faltou ao debate organizado em pool por SBT, CNN Brasil, O Estado de S. Paulo, Terra, Veja e as rádios Eldorado e Nova Brasil. Lula marcou dois comícios no mesmo dia em São Paulo.

Nesta sexta, Lula disse que o público ao qual ele quer se direcionar não assiste televisão de madrugada.

"Porque você começar um debate às 22h30 é importante para uma parcela da população. Mas achar que após a meia-noite o povão estará assistindo televisão é nos enganar", declarou.

A declaração foi dada em entrevista em um hotel da zona sul do Rio. Também participaram Marcelo Freixo (PSB), candidato ao Governo do Rio, e André Ceciliano (PT) que tenta uma vaga no Senado.

"É um debate cansativo, que você fala três minutos e fica quase 15 na reserva, no forno. Mas é importante porque é a chance que você tem de encontrar com os adversários e trocar umas farpas", disse.

Lula também afirmou que espera vencer no domingo (2). "Espero que as eleições terminem no domingo, no meu caso. E, se isso acontecer, terei muito mais tempo para dedicar ao Rio de Janeiro, para eleger Marcelo Freixo no segundo turno", declarou.

Lula também afirmou que prevê dificuldades na transição do governo, caso vença, e comparou com o cenário da primeira vez em que foi eleito presidente.

"Do ponto de vista político é mais difícil a [transição] do que em 2002. Primeiro porque em 2002 você ganhou a eleição de um presidente da qualidade do Fernando Henrique Cardoso que tinha um partido como o PSDB, que fez uma transição extraordinária, uma transição pacífica, que nós tivemos acesso a todas as informações do governo. Nada foi negado para o governo vitorioso."

"Não acho que a gente terá a mesma facilidade com o Bolsonaro, não acho que ele terá a mesma disposição. Segundo, o pessoal do PSDB fazia política. Quando ganhavam eles faziam festa, quando perdiam permitiam que quem ganhasse fizesse a festa. Não é esse o comportamento do Bolsonaro, que poderá querer criar confusão na transição", disse.

Não quero relação com um Tenório, de 'Pantanar'

"O petista também fez um apelo para a população comparecer às urnas.

"Domingo é um dia de votar. As pessoas que estão desanimadas, que talvez estejam pensando em anular ou se abster, não façam isso. Levante e vá cumprir com o seu dever cívico. Você votando tem o direito de cobrar, de encontrar com o governador, com o presidente, com um deputado e cobrar. Se você não vota, você fica um cidadão desprovido de qualquer competência de questionar as elites", disse.

"Eu não quero a relação minha rural com um produtor que nem o produtor Tenório de 'Pantanar', que é um grileiro, matador. Quero com um Zé Alonso [Zé Leôncio], que é um fazendeiro mais moderno, que cuida do meio ambiente e do seu rebanho direitinho, que pensa em uma política economicamente correta, em uma agricultura de baixo carbono. [...] Estou muito otimista. Acho que temos a grande chance", concluiu.

O candidato segue nesta sexta-feira para Salvador e termina o dia de campanha em Fortaleza.


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